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Prémio Manuel Graça Dias distingue docente convidado e alumni FAUP

Ricardo Leitão, docente convidado da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) e investigador do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAU), e Rita Furtado, ambos antigos estudantes da FAUP, venceram, por unanimidade, a primeira edição do Prémio Manuel Graça Dias, dst – Ordem dos Arquitectos, Primeira Obra, com a “Casa em Freamunde”.

O Júri, constituído por Sergio Fernandez, que presidiu, Sofia Isidoro (por indicação do Ministério da Cultura), Ana Vaz Milheiro (por indicação da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte) e Inês Vieira da Silva e Egas José Vieira (ambos por indicação do Conselho Diretivo da Ordem dos Arquitectos), recebeu 31 candidaturas que foram avaliadas em função da afirmação da importância, valor e mensagem a transmitir com esta primeira edição do Prémio, sublinhando tratar-se de uma evocação de Manuel Graça Dias, às primeiras obras e lhe estarem associadas as condições de “qualidade arquitetónica, inventividade e considerações ambientais”.

Casa em Freamunde” (2021) é uma “pequena casa de dois pisos desenhada para uma jovem família em Freamunde, ocupando um lote trapezoidal flanqueado por duas habitações de linguagem e construção corrente”.

Na memória descritiva do projeto, os autores referem o duplo carácter da casa: “Por um lado, procura desenhar uma fachada para a rua no sentido albertiano do termo, i.e., declaradamente pública e até certo ponto autónoma face ao interior (…) tentando alcançar, ao mesmo tempo, uma certa abstração e banalidade face à escolha, desenho e composição dos seus elementos. No tardoz, a casa assume-se tridimensional. A pretexto de umas construções espúrias pré-existentes, foi possível, em cada extremidade, avançar sobre o logradouro e as empenas expectantes, conformando-se um pequeno pátio aberto de escala doméstica que pacientemente aguarda o verde crescimento da hera. Esta operação resulta num volume tripartido, pontuado por vãos que, ora desmaterializam os cantos, ora perfuram as paredes, animando a aparente simetria do conjunto que substancia a matriz clássica do projecto.”

Os autores destacam, ainda, que “o dispositivo entrada-escada-chaminé opera como um filtro e confere privacidade aos principais espaços, configurando o núcleo central a partir do qual toda a casa se desenvolve e para o qual constantemente se vira”.

O projeto vencedor é uma “pequena casa de dois pisos desenhada para uma jovem família em Freamunde, ocupando um lote trapezoidal flanqueado por duas habitações de linguagem e construção corrente”. © Francisco Ascensão

De acordo com o Júri, a casa “‘não é nem podia ser pura’, traduzindo uma inteligente e sensível base de trabalho”, reforçando que “é a partir deste conceito, com uma atitude onde a criatividade está intimamente ligada ao rigor e ao sentido do que pode e deve ser o espaço de habitar, que se dá origem a esta obra (…) sem recurso a qualquer tipo de exibicionismo fácil, mas de grande valor arquitetónico”.

O Júri deliberou ainda atribuir uma primeira menção honrosa ao segundo trabalho mais votado, referente à candidatura “Casa-Atelier”, da autoria de Maria João Rebelo com João Paupério, antiga estudante da FAUP e investigador investigador no CEAU/FAUP e estudante do PDA, respetivamente. Trata-se de uma renovação onde o confronto entre o novo e o preexistente é feito com recursos plásticos e espaciais que plenamente justificam a evocação do manifesto “ Il fera beau demain”, de Lacaton & Vassal (1995).

O Júri decidiu também atribuir uma menção honrosa a dois trabalhos ex aequo, um à candidatura “Edifício General Silveira”, da autoria dos arquitetos Tiago Antero e Vítor Fernandes – “acentuando a segurança e a inventividade postas na resolução do complexo problema dos acessos e, bem assim, a intenção de valorizar valores formais caraterísticos do local de intervenção” –, e à candidatura “Casa com Muitas Caras” da autoria da arquiteta Ana Luísa Soares, estudante do Programa de Doutoramento em Arquitectura da FAUP – “que mereceu especial atenção por constituir uma experiência plasticamente muito caraterizada e que, simultaneamente, questiona, pelo tipo de programa proposto, a adoção de soluções estereotipadas”.

Sobre Ricardo Leitão e Rita Furtado

Formados em Arquitetura pela FAUP, Ricardo Leitão e Rita Furtado fundaram o atelier de arquitetura MEIO.

Ricardo Leitão é assistente convidado de História da Arquitectura Moderna do Mestrado Integrado em Arquitectura da FAUP e Investigador Integrado no CEAU/FAUP, no âmbito do grupo de investigação Teoria e Práticas de Projecto. Em 2021, ingressa no Programa de Doutoramento em Arquitectura da FAUP com uma bolsa atribuída pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Em 2020 é-lhe atribuída uma bolsa de criação literária pelo Ministério da Cultura de Portugal – DGLAB, na área da Poesia.

Por sua vez, Rita Furtado recebeu em 2016 o Prémio Ricardo Spratley atribuído ao melhor estudante a terminar o Mestrado Integrado em Arquitectura com média igual ou superior a 16 valores, no ano letivo a que se refere o prémio. Faz parte do coletivo ‘Prática(s) de Arquitectura’, tendo participado na organização da exposição “Uma escola do Porto por conhecer: realidade, história e projecto” (2013) e fez parte da equipa editorial responsável pela publicação “Prática(s) de Arquitectura. Projecto, Investigação, Escrita” (2023). Colabora com o arquiteto Nuno Valentim desde 2018.

São assistentes convidados na Porto Academy desde 2017, tendo feito parte da organização do programa Visiting Barragán, com a Barragán Foundation e a LIGA DF, na Cidade do México (México) em 2019.

Sobre o Prémio Manuel Graça Dias

Prémio Manuel Graça Dias dst — Ordem dos Arquitectos, Primeira Obra, com o apoio institucional da FAUP, destina-se a reconhecer e a celebrar a qualidade da arquitetura produzida pelos arquitetos com formação recente, como modo de incentivar a prática profissional, no sentido da inventividade, considerações ambientais, boas-práticas, no quadro das medidas de informação, sensibilização e educação, da Política Nacional de Arquitetura e Paisagem.

Ao inscrever o seu nome no Prémio, esta iniciativa visa celebrar Manuel Graça Dias, figura ímpar da arquitetura portuguesa nas muitas dimensões que desenvolveu, como profissional, crítico, editor, divulgador, entre outras. Ao associar o seu nome a um prémio “primeira obra” propõe-se sublinhar a imaginação, inconformismo, disponibilidade e generosidade que Manuel Graça Dias sempre demonstrou.

Manuel Graça Dias (1953-2019) integrou o corpo docente da FAUP desde 1997, assumindo a regência de Teoria Geral da Organização e do Espaço. 

Fonte: Portal de notícias da U.Porto

Família Mendes

Para a família Mendes, as Faculdades de Engenharia, Direito e Arquitetura da U.Porto passaram a ser uma tradição para esta geração. Estes irmãos passaram a fazer uma deslocação diária desde Vila do Conde até o Porto, o que provocou uma grande mudança para eles e para a família.

Joaquim Mendes, 26 anos, obteve o diploma de Mestre em Engenharia Civil, terminando o seu curso em 2019. A irmã Inês Mendes, 24 anos, começou em 2017 e concluiu a licenciatura em Direito, o que significa que ambos concluíram seus diplomas na U.Porto. O irmão mais novo, Afonso Mendes, de 19 anos, optou pela Faculdade de Arquitetura onde está a frequentar o 2º ano da Licenciatura com Mestrado Integrado em Arquitetura.

Aquando do processo de escolha de universidade, a U.Porto era a escolha por excelência: na verdade, sempre foi objetivo pessoal de cada um formar-se nesta instituição, reconhecendo o seu prestígio e qualidade. Desta forma, seria o sítio onde passariam e passam a maior parte do tempo do dia, podendo quase chamar de segunda casa.

Os três irmãos reconhecem e dedicam o seu sucesso escolar aos seus pais, pela educação que lhes foi dada de sempre ir atrás daquilo que merecem, pois quando se mostra qualidade, a qualidade será reconhecida, (“o caminho faz-se caminhando”, nas palavras do pai).

Acreditam que a escolha da U.Porto teve uma relevância fulcral no seu percurso profissional que aliado ao mérito individual, permitiu que cada um trabalhasse na sua área em organizações bem reconhecidas.

Devido ao seu percurso como atleta de Alto Rendimento de karaté, Joaquim Mendes foi o único dos irmãos que representou a U.Porto a nível de desporto universitário, participando em 5 campeonatos nacionais universitários (2015 – 2019), obtendo 2 títulos nacionais (2017 e 2019) e uma medalha de bronze no Campeonato da Europa Universitário em 2019.

Atualmente, a Inês encontra-se a fazer o estágio de ingresso na Ordem dos Advogados, Joaquim Mendes exerce a sua profissão como diretor de fiscalização, enquanto o Afonso mantém uma participação associativista bem presente na Associação de Estudantes da FAUP conciliando com os estudos de Arquitetura.

Legenda da foto (esquerda para a direita): Afonso Mendes; Inês Mendes; Joaquim Mendes

Alumnae e docente da FAUP vencem Prémios Nuno Teotónio Pereira 2022

Mariana Aguiar Antunes, antiga estudante da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), foi distinguida com o Prémio Nuno Teotónio Pereira 2022 – antigo Prémio IHRU de Reabilitação Urbana, atribuído pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) -, na Vertente Trabalhos de Produção Científica – Dissertação de Mestrado.

O Prémio, na Vertente Reabilitação Urbana – Reabilitação de Edifício Habitacional, foi atribuído à arquiteta Inês Pimentel, antiga estudante da FAUP, com o projeto da Casa na Rua de Álvares Cabral n.º 339. Na mesma vertente, foi atribuída uma menção honrosa ao arquiteto André Eduardo Tavaresdocente convidado da FAUP, com o projeto de Reabilitação de Edifícios para renda acessível na Rua Infante D. Henrique.

A dissertação ‘Lugar Comum: Habitar (n)a cidade do Porto. Princípios de intervenção para uma área de habitação municipal‘, apresentada na FAUP em 2021 pela então estudante Mariana Aguiar Antunes, foi orientada pelas docentes Carla Garrido de Oliveira e Filipa de Castro Guerreiro.

O trabalho parte de uma reflexão crítica sobre as bases do ‘Concurso para criação de habitação destinada ao mercado de arrendamento a custo acessível e reabilitação de áreas habitacionais municipais em Lordelo do Ouro’, promovido pela Câmara Municipal do Porto. Assenta num exercício de observação e interpretação pelo desenho sobre possíveis estratégias e potencial de uma intervenção de densificação habitacional.

Questiona, em particular, a ‘solução de referência’ e a proposta de duas torres em detrimento de uma intervenção mais sensível através do reconhecimento das condições do lugar, identificando não só situações críticas e deficitárias mas também o potencial existente. Através de ações de remate, colmatação e redesenho de espaços residuais, propõe a requalificação dos espaços e edifícios existentes, estabelecendo novas unidades de vizinhança.

Sobre o Prémios Nuno Teotónio Pereira

Considerado o prémio mais antigo do setor do imobiliário, em Portugal, o Prémio Nuno Teotónio Pereira (NTP) procura valorizar os bons exemplos e incentivar as boas práticas na requalificação das cidades, bem como, o estudo de matérias ligadas à habitação e à reabilitação urbana.

edição deste ano atribuiu seis prémios e três menções honrosas. Ao todo, foram registadas 55 candidaturas a concurso, 45 na vertente de Reabilitação Urbana e 10 candidaturas na vertente de Trabalhos de Produção Científica.

A cerimónia de entrega das distinções decorreu no passado dia 30 de janeiro, no Museu da Eletricidade, em Lisboa, com a presença da Secretária de Estado da Habitação, Fernanda Rodrigues, e da Presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, I.P., Isabel Dias.

Fonte: Portal de Notícias da U.Porto

Alumni da FAUP vencem Prémio Municipal de Arquitetura João Álvaro Rocha 2022

projeto do Estádio da Universidade da Maia (ISMAI), da autoria dos arquitetos José Carlos Loureiro, antigo estudante e professor da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) e da sucessora Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP)José Manuel Loureiro, antigo estudante da ESBAP, e Luís Pinheiro Loureiro, antigo estudante da FAUP, é o vencedor da 1.ª edição do Prémio Municipal de Arquitetura João Álvaro Rocha, promovido pela Câmara Municipal da Maia.

De acordo com o júri do galardão, o novo ISMAI – Estádio, constituído por um campo de futebol, pista de atletismo, courts de ténis e estruturas complementares, “requalificou a relação entre os edifícios do campus e a paisagem, incluindo o estádio e o horizonte marcado pela linha de metro através da sensibilidade à topografia”.

Palavras que vão de encontro à memória descritiva da obra vencedora, assinada por três gerações de arquitetos da mesma família e todos eles formados na “Escola do Porto”. Nela lê-se que “um extenso espaço vazio separava os dois extremos do campus académico, limitado a Nascente, pela linha de metro […] Agora jogam as crianças das escolas de futebol, os jovens estudantes universitários praticam e aprendem o ensino do desporto, enquanto outros podem assistir […]. O objetivo foi cumprido”.

Refira-se que esta foi uma das últimas obras assinadas por José Carlos Loureiro (1925-2022), figura central da “Escola do Porto” e da arquitetura portuguesa do século XX, antes do seu falecimento, em setembro passado, aos 96 anos de idade. Um legado cuja continuidade será agora assegurada pelo filho, José Manuel Loureiro (1951), e pelo neto, Luís Pinheiro Loureiro (1984).

O júri do Prémio Municipal de Arquitetura João Álvaro Rocha foi composto por António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia; pelos arquitetos José Gigante, em representação da APJAR; Teresa Fonseca, professora da FAUP, designada pela Ordem dos Arquitetos; José Miguel Rodrigues, professor da FAUP, e pelo curador José Maia, pela Câmara Municipal da Maia.

Nesta primeira edição foi, ainda, atribuída uma Menção Honrosa ao projeto da SISMA – Unidade Industrial da Maia, da autoria da arquiteta Sandra Maria Machado Ferreira Garcia.

Os projetos a concurso encontram-se em exposição até 31 de janeiro, na Galeria D. Manuel II do Fórum da Maia.

A entrega do galardão aconteceu no passado dia 10 de janeiro, no Fórum da Maia. (Foto: DR)

Sobre o prémio

Promovido pela Câmara Municipal da Maia e pela Associação PróArquitectura João Álvaro Rocha, com o apoio técnico da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos, o Prémio Municipal de Arquitetura João Álvaro Rocha visa “distinguir, pela sua qualidade arquitetónica, Edificações e Espaços Públicos, localizados no município da Maia”.

O galardão, que terá periodicidade bienal, pretende ao mesmo tempo “reconhecer o trabalho do arquiteto João Álvaro Rocha” – antigo estudante da ESBAP e docente da FAUP entre 1990 e 2001 – “em prol da qualidade da arquitetura e do urbanismo, trabalho esse indelevelmente associado ao concelho e à cidade da Maia, onde se localizam as suas maiores e mais complexas obras”.

Fonte: Portal de notícias da U.Porto

Alumna da FAUP distinguida com o Prémio Arquitectura do Douro

Paula Sousa Pinheiro (à esq.ª) recebeu o prémio na cerimónia de encerramento das comemorações do 20.º aniversário da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial, em Vila Real. FOTO: DR

A arquiteta Paula Sousa Pinheiro, antiga estudante da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), é a vencedora da edição deste ano do Prémio Arquitetura do Douro, destinado a reconhecer a boas práticas do exercício da arquitetura no Alto Douro Vinhateiro.

Para o Júri do galardão, a obra de Enoturismo na Quinta do Saião, em Vila Nova de Foz Côa, da autoria de Paula Sousa Pinheiro, revelou uma notável postura de “saber estar” no território, de grande valia e excecionalidade, e cumpridora integral do objetivo de promoção e divulgação das boas práticas do exercício da arquitetura nesta região Património Mundial da UNESCO.

O júri considerou ainda que “o projeto compreendeu e respeitou integralmente o contexto preexistente do local, no sentido de fundamentar as suas linhas orientadoras, elevando um assento agrícola obsoleto na sua função original a um estado de excelência no seu novo uso”.

O projeto premiado consistiu na recuperação de um conjunto de edifícios em ruínas da Quinta do Saião – o Lagar de Azeite, a Casa das Ovelhas, a Casa do Forno, a Casa da Eira e a antiga habitação do agricultor -, convertido para enoturismo.

Para Paula Sousa Pinheiro “o projeto centra-se na interpretação do seu modelo originário, explora o seu ciclo construtivo e recria a partir das construções existentes, arquétipos reconhecíveis na arquitetura popular do Alto Douro”. Deste modo, prossegue a arquiteta, “o projeto reage às especificidades das construções existentes e encontra um enquadramento de intervenção híbrida, contida e comprometida com as contingências do lugar”.

O projeto premiado consistiu na recuperação de um conjunto de edifícios em ruínas da Quinta do Saião, em Vila Nova de Foz Côa. (Foto: DR)

Sobre Paula Sousa Pinheiro

Paula Sousa Pinheiro é licenciada pela FAUP (1991), com pós-graduação e Mestrado em Design de Equipamento e Produto (FAUP, 1994) e Diploma de Estudos Avançados do Doutoramento do DARQ /FCTUC, 2013.

Após o estágio em Nápoles no atelier de Francesco Venezia, iniciou o seu percurso profissional em 1991. Entre 1993 e 2013 lecionou Projecto I, III e IV na Universidade Lusíada do Porto.

O seu trabalho tem sido incluído em exposições e eventos nacionais e internacionais. Em 2008, o projecto “2 habitações para turismo rural” foi finalista aos Prémios FAD.

No decurso dos últimos 20 anos, o escritório tem desenhado e construído diferentes tipos de programas, sobretudo intervenções em edifícios e sítios classificados, como a recuperação da Aldeia Histórica de Marialva ou a recentemente concluída reconstrução do assento agrícola da Quinta do Saião para Enoturismo e a Adega no Alto Douro Vinhateiro.

Sobre o Prémio de Arquitetura do Douro

O Prémio Arquitetura do Douro é uma iniciativa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, através da Missão Douro, em parceria com a Direção Regional da Cultura do Norte, a Entidade Regional de Turismo Porto e Norte e a Ordem dos Arquitectos – Secção Regional do Norte.

Lançado em 2006 e com periodicidade bienal, o galardão destina-se a divulgar e promover a excelência da arquitetura no Alto Douro Vinhateiro Património Mundial e boas práticas no exercício da arquitetura em obras de construção, conservação e reabilitação de edifícios, em contexto patrimonial, bem como intervenções de redesenho urbano no espaço público.

A edição de 2022 enquadrou-se no programa oficial das Comemorações dos 20 Anos do Alto Douro Vinhateiro Património da Humanidade.

Na última edição, o Prémio de Arquitetura do Douro 2019 foi atribuído ao arquiteto Eduardo Souto Moura com a obra da Central Hidroelétrica do Tua.

Rita Mier, uma arquiteta de luz ao ritmo da dança

Hoje vamos conhecer Rita Mier no “Saberes além da U. Porto”. Nasceu na cidade Invicta e licenciou-se em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto em 2008. Durante o curso fez um ano de intercâmbio na FAU-UFRJ, no Rio de Janeiro. Concluiu o mestrado na FAUP em 2011 e na FAU-USP em São Paulo em 2016, especializando-se na área da iluminação artificial e sua interação com o espaço construído e o ser humano, uma paixão despoletada no último ano da licenciatura, quando participou na produção de Workshops internacionais como o ‘Cinemarchitecture’ e o ‘Designing Light’. Iniciou o seu percurso profissional como arquiteta, tornou-se lighting designer e, desde 2015, que se dedica à expansão internacional da marca portuguesa de iluminação O/M (Osvaldo Matos). Passou por Lisboa, Madrid, São Paulo e atualmente reside no Rio de Janeiro, com o marido e a filha de 3 anos. A somar à paixão pela luz e pelas viagens, desde criança que não vive sem a música e sem a dança…

Estudou música ao longo de 15 anos na Escola Silva Monteiro. Entrou na Academia de Bailado Clássico Pirmin Treku com 9 anos de idade e em 2003 completou o último grau, Avançado II, do Método Cecchetti. Considera que o Pirmin Treku foi uma escola para a vida, onde desenvolveu importantes aptidões artísticas, mas também de carácter e formação como pessoa. Participou em diversos espetáculos nos teatros portuenses, como o Carlos Alberto, o Rivoli ou a Casa Música e recorda com entusiasmo e saudade a participação no bailado “Quebra-Nozes” com a Companhia Nacional de Bailado e os cursos em Portugal e Inglaterra, como o “Yorkshire Ballet Seminars” que frequentava nas férias de verão.

Para conhecer melhor a arquiteta e dançarina Rita Mier a acompanhe-nos em: https://www.up.pt/casacomum/alumni-mundus/6-rita-mier/

Este é o “Alumni Mundus”, o podcast que pretende mostrar-vos o Mundo dos Alumni UP.

“Alumni Mundus” é uma série de podcasts que vai abordar diferentes temas e que pretende dar a conhecer a vida e os percursos dos Alumni da Universidade Porto. Este projeto é uma iniciativa do Gabinete Alumni da Reitoria, dos Gabinetes Alumni da Faculdade da Engenharia e do Gabinete de Comunicação e Imagem da Faculdade de Desporto, com a participação de todas as unidades orgânicas da Universidade do Porto e o apoio da Casa Comum. Na terceira série “Talentos Além da U.Porto” , fomos procurar  e ouvir as histórias de antigos estudantes que encontraram um talento em áreas e temas muitos diferentes da sua formação e  profissão.

Alumnus FAUP vence Prémio Municipal de Reabilitação Urbana de Braga – Reabilita Braga 2020

O alumnus da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, António Pedro Faria, conquistou recentemente o Prémio Municipal de Reabilitação Urbana na categoria ‘Edificação’, modalidade ‘obra de restauro e de reabilitação’ com o projeto ‘Casa na rua de São Marcos’, um edifício do séc. XIX, situado no Centro Histórico da Cidade.

Segundo António Pedro Faria “o percurso académico na FAUP em muito ajudou na elaboração deste projeto e este reconhecimento vem também reconhecer a qualidade de ensino desta instituição.”

Sobre o prémio:

O projeto da ‘Casa na rua de São Marcos’ e do ‘Edifício da Casa Redonda’, na Praça da República, foram os vencedores da segunda edição do Prémio Municipal de Reabilitação Urbana – Reabilita Braga. Os prémios foram entregues numa cerimónia realizada no Theatro Circo e na cerimónia, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, referiu que o prémio Reabilita Braga constitui um importante instrumento para estimular e divulgar as boas práticas de intervenção. “Com esta iniciativa, assumimos o desafio de reconhecer publicamente o trabalho de quem contribui para a reabilitação da Cidade”, frisou o Edil, lembrando o “período auspicioso que Braga tem vivido do ponto de vista da reabilitação urbana”.

Já o vereador Miguel Bandeira, que tutela o pelouro da reabilitação urbana, sublinhou que o prémio representa “um estímulo à reabilitação urbana que integra a valorização do património arquitetónico e urbanístico”.  

Organizado pelo Município de Braga em parceria com a ‘Vida Imobiliária’, o Prémio Municipal de Reabilitação Urbana – ‘Reabilita Braga’ visa distinguir as boas práticas de reabilitação urbana e premiar a investigação académica realizada nesta área. Com cerca de 30.000 m2 de área intervencionada a concurso, a edição de 2020 do Prémio ‘Reabilita Braga’ registou um novo recorde, com propostas diversificadas e de grande qualidade, uma montra do melhor que se faz na reabilitação do património edificado dos nossos centros históricos.

Na categoria ‘Edificação’ foi vencedor na modalidade ‘obra de restauro e de reabilitação’ o projeto ‘Casa na rua de São Marcos’, um edifício do séc. XIX, situado no Centro Historico da Cidade. Trata-se de um projeto habitacional marcado pela conservação das qualidades pré-existentes: os pavimentos, as caixilharias em madeira e outros elementos decorativos presentes na claraboia e nos tectos, mas respondendo em simultâneo aos desafios contemporâneos da eficiência energética e do conforto. Este é um projeto com assinatura do arquiteto António Pedro Faria para um cliente particular e com obra da construtora AOF – Augusto Oliveira Ferreira.

Na modalidade ‘obra de construção em ARU’ foi vencedor o ‘Edifício da Casa Redonda’, um edifício de cinco pisos, que ocupa o n.º 1 da Praça da República. Este é um projeto que sofreu algumas alterações desde o seu primeiro esboço, motivadas pela descoberta de vestígios arqueológicos durante a intervenção. A obra foi executada pela Varibasic a partir do projeto do arquiteto Paulo Jorge Fernandes Gomes para um cliente particular.

O valor do trabalho arquitetónico do candidato ‘Casa na Praça Mouzinho de Albuquerque’ não passou despercebido ao júri que decidiu atribuir-lhe uma menção honrosa. Esta é uma habitação unifamiliar localizada numa das principais praças do Centro Histórico, um projeto que consegue harmoniosamente criar uma transição entre espaços, entre o edificado pré-existente e uma nova construção erguida no logradouro. Este é um projeto do atelier Carvalho Araújo e com obra da Pedralbet – Construções.

No que se refere à categoria de ‘Investigação’, o júri do ‘Reabilita Braga’distinguiu o trabalho intitulado ‘Entre o Campo da Vinha e o Campo de Touros. Uma proposta de reabilitação e reutilização do Palacete Vilhena Coutinho’, do arquitecto Marco Vieira.

De referir que os prémios têm o valor de 5.000 euros para a categoria de ‘Investigação’. Na categoria de edificação o júri atribuirá prémios no valor de 5.000, no caso da sub-categoria nova edificação, e de 10.000 euros, para a sub-categoria reabilitação e restauro.

Fonte: Portal de notícias do município de Braga

Ivan Postiga (FBAUP) e Hélder Lima (FAUP) receberam o Prémio de Pintura “Alexandre Viana de Lima” e o Prémio de Arquitetura “Sílvia Viana de Lima”, respetivamente. FOTO: DR

Alumni da FAUP e FBAUP distinguidos com Prémios Viana de Lima

Os estudantes Hélder Lima, da Faculdade de Arquitetura (FAUP), e Ivan Postiga, da Faculdade de Belas Artes  (FBAUP) da Universidade do Porto, são os vencedores da edição deste ano dos Prémios Viana de Limaatribuídos pela Câmara Municipal de Esposende aos dois melhores estudantes das escolas de artes da U.Porto no ano letivo 2018/2019.

entrega dos galardões decorreu esta sexta-feira, 31 de julho, no Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, em Esposende, e distinguiu então Hélder Lima, finalista do Mestrado Integrado de Arquitetura da FAUP, com o Prémio de Arquitetura “Sílvia Viana de Lima”.

Já o Prémio de Pintura “Alexandre Viana de Lima” foi atribuído a Ivan Postiga, recém-graduado mestre em Artes Plásticas – especialização em Pintura, pela FBAUP.

Ambos os estudantes realçaram a importância desta distinção, que representa não só o “reconhecimento público do trabalho” desenvolvido nas respetivas faculdades, como também constitui “uma estratégia de recuperação e manutenção do património arquitetónico”.

“Enaltacer o mérito académico”

A cerimónia da entrega dos prémios contou com a presença do Reitor da U.Porto, António Sousa Pereira, do Presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, e dos diretores da FAUP, João Pedro Xavier, e de FBAUP, Lúcia Matos.

Na ocasião, o Reitor da U.Porto realçou a importância da parceria estabelecida entre o Município e a Universidade que possibilitou a “preservação e valorização de um património arquitetónico ímpar”.

Referindo-se concretamente aos prémios Viana de Lima, António de Sousa Pereira salientou que é “uma iniciativa que não só exalta uma das figuras da história recente da Universidade do Porto, mas que pretende também enaltecer o mérito académico dos nossos estudantes de pintura e arquitetura”.

Já o Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, destacou o trabalho de Viana de Lima e o reconhecimento do mérito académico destes estudantes. O autarca anunciou ainda que “a Casa-Museu do arquiteto esposendense será, oportunamente, alvo de nova intervenção, assegurando, deste modo a preservação do imóvel, classificado como Monumento de Interesse Público”.

O Diretor da FAUP, João Pedro Xavier, centrou a sua intervenção na obra de Viana de Lima, concretamente na Casa das Marinhas, e concluiu evidenciando o percurso do estudante de arquitetura premiado, que iniciou o curso precisamente na altura em que o imóvel se tornou visitável.

A Diretora de Belas Artes, Lúcia Matos, destacou, por sua vez, a articulação entre as artes, nomeadamente entre a pintura e a arquitetura, realçando o “espírito de comunidade, de trabalho em conjunto”, que existia na época do arquiteto esposendense.

Os Prémios Viana de Lima resultam de um protocolo estabelecido entre a Universidade e o Município de Esposende. (Foto: DR)

Sobre os Prémio Viana de Lima

A atribuição dos Prémios Viana de Lima decorre de um protocolo estabelecido, em 2010, entre a Câmara Municipal de Esposende e a U.Porto, mediante o qual o Município assumiu a gestão da Casa das Marinhas, da autoria do arquiteto esposendense Viana de Lima e propriedade da Universidade.

Dando cumprimento à vontade, expressa em testamento, do arquiteto Viana de Lima, o Município de Esposende compromete-se assim a distinguir, anualmente e durante 30 anos, com um prémio pecuniário individual de dois mil euros, os melhores estudantes do curso de Arquitetura e de Belas Artes. Findo esse prazo, o imóvel passa a ser propriedade municipal.

Ainda de acordo com o estabelecido, os galardoados oferecem ao Município uma obra/trabalho da sua autoria para o Fundo Viana de Lima.

Através da atribuição destes prémios, pretende-se, sobretudo, homenagear e conservar a memória do Arquitecto Viana de Lima, enaltecendo o relevante tributo da sua obra para a história da arquitetura nacional e a cultura artística de um modo geral.

Fonte: Portal de Notícias da U.Porto

FAUP arranca festa dos 40 anos a lembrar Francisco Barata

Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) acolhe, desde o passado dia 16 de janeiro, a exposição ‘Francisco Barata . Continuar Inovando’, dedicada à vida e obra do arquiteto Francisco Barata (1950-2018), antigo diretor e professor da FAUP.

Com curadoria de Antonio Esposito e Andrea Ugolini, a exposição – organizada pelo próprio Francisco Barata e que já esteve patente, em 2017, em várias cidades italianas – destaca uma seleção de 11 projetos considerados representativos da obra do arquiteto. Ao todo são três décadas de atividade profissional que os visitantes podem agora conhecer ou revisitar através de desenhos, maquetas, fotografias de maquetas, fotografias das obras e publicações de textos de arquitetura.

Para além de homenagear “uma figura incontornável da faculdade”, esta exposição constitui também “um marco”. Afinal, será “o primeiro de 40 momentos que temos previstos para comemorar os 40 anos da transformação do curso de arquitetura da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) em atual Faculdade de Arquitetura”, realça o diretor da FAUP, João Pedro Xavier.

Com entrada livre, ‘Francisco Barata . Continuar Inovando’ pode ser visitada até 19 de fevereiro, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 20h00 (encerra aos feriados), na Galeria de Exposições da FAUP.

Fonte: Portal de Notícias da U.Porto

Prémio Secil de Arquitetura

Prémio Secil de Arquitetura distingue professor e alumni da FAUP

Arquipélago – Centro de Arte Contemporânea, na Ribeira Grande, da autoria de Francisco Vieira de Campos, professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP)Cristina Guedes (Menos é Mais Arquitectos ) e João Mendes Ribeiro, antigo estudante da FAUP, foi uma das duas obras – a par da Sede Corporativa da EDP, em Lisboa, de Manuel Aires Mateus e Francisco Aires Mateus – distinguidas ex aequo com o XII Prémio Secil de Arquitetura.

O Júri do galardão, constituído por José Neves, João Carlos Santos, Ricardo Carvalho, João Belo Rodeia e Manuel Correia Fernandes, destacou em comunicado que “a Sede da EDP e o Arquipélago respondem a circunstâncias totalmente diferentes, mas que contêm uma grande parte das possibilidades que se oferecem hoje aos arquitetos para a construção e a organização das cidades e dos territórios”.

Recorde-se que o Arquipélago – Centro de Arte Contemporânea já tinha conquistado o Prémio FAD de Arquitectura 2016 e o prémio BIGMAT’17 International Architecture Award, na categoria Reabilitação. A obra, em cujo projeto de engenharia esteve também fortemente envolvido Hipólito Sousa, docente do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP), foi, ainda, finalista ao RIBA Award for International Excellence e ao Prémio Europeu do Espaço Público 2016.

Prémio Secil Universidades

Foram igualmente atribuídos, pelos respetivos Júris, os Prémios Secil Universidades, destinados aos melhores trabalho produzidos, nos anos letivos 2015/2015 e 2016/2017, por jovens talentos nos domínios da Engenharia Civil e Arquitetura

Na área da Arquitetura, foi distinguido, entre outros, o trabalho ‘A terceira água revelando a paisagem’, assinado – em 2015/2016 -pelos agora antigos estudantes da FAUPFlora di Martino, Rita Martins e Saule Grybenaite. O trabalho, orientado pelos docentes Rui MealhaLuís Pedro SilvaNuno Travasso e Teresa Calix, tinha já vencido a edição 2016 do Concurso Prémio Universidades Trienal de Lisboa Millennium BCP.

O projeto ‘A terceira água’, da autoria de Flora di Martino, Rita Martins e Saule Grybenaite, foi distinguido com o Prémio Secil Universidades – Arquitetura / Foto: DR

O Júri do Prémio Secil Universidades foi presidido por António Belém Lima (Secil e Ordem dos Arquitectos) e integrou José António Bandeirinha (Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), Clara Gonçalves (ISMAT – Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes), Fátima Fernandes (ESAP — Escola Superior Artística do Porto), Rui Mendes (Universidade Autónoma de Lisboa), Sofia Aleixo (Universidade de Évora), Rodrigo Coelho (Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto), Célia Gomes (Secil) e Inês Vieira da Silva (Ordem dos Arquitectos).

Os Prémios Secil, iniciativa criada em 1992, visam distinguir o que de melhor é feito no âmbito da Arquitetura e da Engenharia Civil e são organizados em colaboração com os órgãos nacionais de representação das profissões envolvidas: a Ordem dos Arquitetos e a Ordem dos Engenheiros.

Fonte: Portal de Notícias da U.Porto